Um testemunho sobre a Mentoria dNovo e em particular sobre o seu acompanhamento ao Profissional dNovo José Diogo Vaz Pinto que entretanto regressou ao mercado de trabalho.
“É com enorme satisfação que vejo o Diogo encontrar um novo desafio profissional na sua área de eleição e onde pode continuar a fazer a diferença agora em Portugal.
Como expatriado que fui, sempre ouvi dizer, e depois pude comprovar, que a expatriação mais difícil de todas é mesmo “o regresso a casa”: o país mudou, nós mudámos porventura mais, amiúde não na mesma direção. Esperamos familiaridade e facilidade e encontramos estranheza e dificuldade.
Foi sob esse signo do expatriado regressado que o Diogo chegou e começou a procurar um recomeço profissional. Cedo percebeu que a sua enorme experiência jurídica e diplomática não eram facilmente valorizadas, por terem sido adquiridas e exercidas num contexto Asiático (Macau, Timor e China).
Ante esta adversidade, nem sempre foi fácil manter o otimismo nem o foco. Na realidade, uma gestão situacional do processo de job hunting, recomendava alargar o espectro além da área nuclear de formação e experiência:
– “Talvez tenham acabado os tempos da China como gigante geopolítico incontornável com o qual importa desenvolver diplomacia e laços comerciais e empresariais, mas não temos por cá tantas empresas com acionistas chineses tantas vezes incompreendidos pelos sócios e gestores portugueses? Não poderei eu ajudar nesses contextos?”
– “Não será melhor recomeçar do zero? Por exemplo pela via do empreendedorismo ?”.
Foi nesta fase de muitas incertezas e de muitas avenidas que eu conheci o José Diogo com quem desde logo senti uma enorme empatia e simpatia. Não tendo grande contacto com o mundo da advocacia, sentia-me limitado no meu potencial de ajudar e, por isso, centrei as minhas atenções em dois aspetos precedentes, nomeadamente:
– a reconstrução de uma proposta de valor pessoal, carregada das competências, experiências e gostos que fazem do José Diogo uma pessoa literalmente singular. Claro que essa proposta de valor incluía a vertente mais profissional, mas o desafio foi tornar o discurso mais “sector-neutral” e apelativo fora do universo jurídico. Com este exercício reforçou-se confiança e ampliou-se o espectro da procura, abrindo espaço para
– a identificação de sectores e, dentro deles, empresas de referência, onde o José Diogo poderia ter maior apelo e impacto.
Estávamos nós a meio deste exercício, quando chegou a boa notícia: o José Diogo recebeu a notícia de que tinha sido selecionado para uma excelente oportunidade no sector empresarial do Estado para a qual já se tinha candidatado muito antes. Afinal a solução estava mesmo “debaixo do nariz”!
Mesmo não tendo sido instrumental neste desenlace feliz e estando convicto ter aprendido mais com o José Diogo do que o José Diogo comigo, penso que todo o trabalho em conjunto foi útil para ambos:
– ambos aprendemos que certas valências que temos estão muito menos disseminadas do que esperaríamos e nos podem valer;
– ambos sentimos o enorme potencial de nos re-imaginarmos e nos re-posicionarmos sem deixar de ser quem somos, ou talvez mesmo “exibindo ainda mais o que verdadeiramente somos”: nessa base perspetivámos outras vidas profissionais, ganhámos confiança no desempenho prospetivo nelas e, de certa forma, ficámos mais preparados para qualquer outra “curva da vida”.”
Resta-nos agradecer ao Mentor dNovo pela generosidade na partilha deste seu testemunho e principalmente a disponibilidade que dedicou a este nosso profissional.
Um bem-haja a todos os Mentores dNovo!
